10 erros que os pais cometem ao colocar os filhos para dormir
Na hora do desespero, mães e pais utilizam qualquer estratégia para os filhos adormecerem. Nem todas são recomendáveis
Como todos os comportamentos do ser humano, o sono precisa ser ensinado
ou condicionado. Criar certos hábitos pode acostumar mal a criança ou
aumentar sua dependência dos pais. Listamos os principais erros que os
casais cometem quando o assunto é hora de dormir:
Não ter rotina
Criança gosta e precisa de repetição para se sentir segura. O ideal é
que a hora de ir para a cama seja precedida pelas mesmas ações, todos os
dias.
Atividades agitadas
O ideal é que essa rotina não inclua atividades que vão deixar o
pequeno ainda mais desperto, como brincadeiras que envolvem movimentação
física e programas de televisão que deixam a criança agitada ou com
medo. Entre as atividades relaxantes, estão tomar banho e ler um livro.
Colo
Um dos erros mais comuns é embalar o filho e deixá-lo adormecer no colo
dos pais. As crianças devem dormir diretamente onde vão acordar, porque
ao despertarem de madrugada, há grande chance de estranharem o berço e
chamarem a pessoa que as adormeceu. O mais indicado é dar um beijo de
boa-noite e levar a criança ainda acordada para o berço. Os pais deixam o
quarto e, se ouvirem choro, voltam alguns minutos depois para que ela
perceba que ninguém a abandonou. Aos poucos, o bebé acalma-se e aprende a
dormir sozinho.
Andar pela casa
Andar pela casa
Nada de perambular com a criança pela casa no carrinho de bebé ou passear de carro com o
pretexto de fazer a criança dormir. Ela não precisa ser chacoalhada para dormir. A dica é dar uma fraldinha ao seu filho, que ele se auto consolará.
Se a criança acorda assustada ou chama pelos pais de madrugada, os
adultos precisam dar atenção. Mas, no quarto dela. Isso porque ceder aos
pedidos em um dia transmitirá a mensagem de que a criança pode insistir
sempre. Se o seu filho for direto para a sua cama, você até pode deixá-lo
ficar um pouquinho, mas leve-o de volta para o quarto dele quantas vezes
forem necessárias. Compartilhar a cama com frequência atrapalha o sono
da família, não incentiva a independência da criança e prejudica a
intimidade do casal.
Luz acesa
É comum crianças terem medo do escuro, mas deixar a luz acesa altera a
produção do hormônio melatonina, que induz o sono. Se o seu filho estiver
com medo, converse sobre os motivos da insegurança, explicando que não
há razão para temer. Para acalmá-lo, deixe uma tomada de luz baixa, que
ilumina o caminho, caso ele acorde de madrugada. Luz de cor azul tem
efeito calmante. Para as crianças que não se importam, o melhor é apagar
todas as luzes.
Deixar a TV ligada
Além de o som e a luz prejudicarem a qualidade do sono, ele precisa aprender a adormecer sozinho.
Dar comida de madrugada
Os médicos dizem que a alimentação durante a noite é uma das coisas que
mais atrapalham o sono. Se a criança tem fome, os pais devem verificar
se a alimentação no restante do dia ou na última mamada da noite foi suficiente.
Irritação
Nada de inventar situações negativas em relação ao sono, como
bicho-papão. Ficar irritado na hora de colocar os filhos para
dormir também é mau, pois eles começarão a associar esse momento a algo
negativo.
Evitar as sestas diurnas para melhorar o sono da noite
As sestas diurnas são necessárias até um período da vida da criança (veja tabela).
Normalmente, esse sono se divide em duas etapas: de manhã e depois do
almoço. À medida que seu filho cresce, a necessidade de dormir enquanto o
sol está no céu diminui.
Fontes: Gustavo Moreira, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP); Márcia Hallinan, neuropediatra e coordenadora do setor infantil do Instituto do Sono (SP); Renata Soifer Kraiser, psicóloga; Alaides Olmos, neurologista especialista em sono do Hospital Pequeno Príncipe (PR); Jodi Mindell, diretora-associada do centro do sono no Hospital infantil da Filadélfia e da National Sleep Foundation (EUA)
Fontes: Gustavo Moreira, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP); Márcia Hallinan, neuropediatra e coordenadora do setor infantil do Instituto do Sono (SP); Renata Soifer Kraiser, psicóloga; Alaides Olmos, neurologista especialista em sono do Hospital Pequeno Príncipe (PR); Jodi Mindell, diretora-associada do centro do sono no Hospital infantil da Filadélfia e da National Sleep Foundation (EUA)
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