segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Diálogos daqueles que outrora já foram girinos na barriga da mãe!

As reuniões da manhã são sempre momentos de muitas partilhas e em que aprendemos muitas coisas. Uns mais que outros vão-nos enchendo as manhãs com conversas sábias, deliciosas e com uma ingenuidade que nos cativa e nos deixa derretidas. Hoje foi uma dessas manhãs, não demos pelo tempo passar, o envolvimento de cada um, a vontade em descobrir cada vez mais coisas e em dar o contributo era tal que tornou este momento mágico.
Que fique aqui registado que o papel do adulto não é dar respostas imediatas, mas sim instigar a criança a participar, a ser ativo nas aprendizagens, a comunicar e a ter consciência que todos somos importantes neste processo de ensino/ aprendizagem. Por isso, o adulto não sabe nada e tem como função questionar e dar alicerces para que todos pensem em conjunto.

Leiam e deliciem-se!
Na reunião da manhã, o G.C. contou a seguinte novidade:
"Eu fui ao México quando estava na barriga da mãe."
"E levas-te uma mala com roupa?" (Xana)
"Não! (com cara estranha). Na barriga da mãe não precisamos de roupa!" (G.C.)
"Então, andaste no México nu e ao frio?" (Xana)
(Risos)
"Não, a água que está na barriga da mãe é quente!" (C.R.)
"Água? A barriga da mãe tem água? E os bebés não se afogam?" (Xana)
"Não Xana, eles bebem a água da barriga." (M.A.)
"Dentro da barriga da mãe, eles sabem nadar, quando saem já não sabem." (C.R.)
"Os bebés comem o mesmo que a mãe come." (M.R.)
"Mas esperem, a mãe mastiga a comida, engole e depois o bebé vai comer essa comida?" (Xana)
"Os bebés quando a mãe come tem um cordão que está ligado à barriga do bebé e ele come." (X.L.)
"Cordão? Mas a comida vai pelo cordão? E esse cordão está onde." (Xana)
"EU SEI! O cordão está ligado à maminha da mãe." (B.C.)
"Ah! E como é que sabes isso"? (Xana)
"Eu tenho um livro que explica o umbigo que tem um cordão radical por onde passa a comida." (B.C.)
"O meu irmão quando nasceu tinha um cordão que os médicos cortaram e agora já caiu. A mãe guardou os três cordões. Quando fica preto é sinal que vai cair." (C.R.)
"A mãe faz xixi e a barriga fica sem água." (D.C.)
"E o meu tio Dário disse-me que os bebés aprendem a nadar com a natureza. (D.C.)
"Os bebés antes de serem bebés são girinos. E quando são muitos fazem uma corrida." (X.L.)
"Os bebés não conseguem nadar quando a mãe tem uma barriga apertada." (M.M.)
"A minha mãe quando tinha o meu irmão na barriga teve que ir a hospital porque ele estava a crescer imenso." (R.A.)
"Os bebés podem sair pelos costas quando os médicos cortam as costas." (C.C.)
"Não, os bebés também podem sair pela barriga" (G.C.)
"Eu não sei como é que tiram o bebé da barriga." (J.C.)
"Eles também fazem cocó e xixi na barriga da mãe. Quando eu estava na barriga da mãe eu fazia. E o cocó e o xixi sai da barriga da mãe quando a mãe faz xixi e cocó." (L.R.)
"A minha mãe disse-me que quando os bebés nascem saem pelo pipi." (L.V.)
"Eu acho que é pela barriga, eu e a mana saímos pelo umbigo da mãe." (D.F.)
"Primeiro somos uma semente, depois crescemos." (C.R.)
"Pois, antes somos sementes, depois crescemos e somos girinos, depois fazem a corrida para a barriga da mãe e o que chegar primeiro fica a crescer e os outros não." (X.L.)
"E se forem dois a ganhar a corrida?" (Xana)
"Então, nascem os dois ao mesmo tempo. Eles têm um buraco que abre e fecha e quando fecha já não entram mais." (X.L.)
"Onde é que começa a corrida dos girinos?" (Xana)
"Eu não sei!" (X.L.)
"Quando eu estava na barriga da mãe eu fiz uma corrida." (G.C.)
"E onde é que era a meta?." (D.F.)
"Não sei, mas eu ganhei a corrida." (G.C.)
"Mas então esperem, se a barriga da mãe está cheia de água, o bebé está lá dentro e não se afoga, será que usa bóias?" (Xana)
"Não, Xana, não precisam porque estão sempre num sítio que está um fio a agarrá-los." (M.R.)
"A mãe quando está com a barriga grande não vai nadar, senão afunda-se." (X.L:)
"Mas a Xana quando estava grávida e com uma barriga muito grande caiu ao rio e não se afundou!" (Xana)
"Porque a barriga da Xana era a bóia!" (D.F.)

Agora vamos descobrir o que são os girinos e as suas corridas e muito mais....




quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Uma linha, um objetivo!

Após a visita à casa das histórias Paula Rego, falámos muito das linhas e traços que a Paula Rego fazia nas suas obras.
Desta forma, lançámos o desafio do contorno de uma imagem com linhas finas e quase que infinitas.








 Com este trabalho pretendemos trabalhar a motricidade, coordenação, concentração e coordenação espacial.

Histórias nas obras de arte

Fomos à casa das histórias Paula Rego e em cada obra de arte que vimos, fosse ela de pintura, tecelagem ou escultura, ouvimos uma história e passo a passo entrámos no mundo fantástico desta artista.
"Príncipe Porco", "O Gato das Botas", "Batalha de Alcácer-Quibir", "Sopa da Pedra", ..., foram algumas obras que vimos e histórias que escutámos. 


Contudo, centrámo-nos nas obras que Paula Rego realizou influenciada pelo artista Daumier e onde dá maior importância ao traço e às linhas.

Foi então que sob a orientação da nossa guia Diana, que cada um foi construindo a sua obra de arte com traços variados. 







No final, enquanto visionavam um filme da vida de Paula Rego, cada um fez o seu retrato como a viam.

Aqui ficam as obras de arte de cada um.


terça-feira, 23 de outubro de 2018

De mãos dadas com a família

Em meados de setembro, surgiu uma curiosidade no grupo sobre os Pinguins de Barbicha. Lançámos o desafio aos pais/ familiares que nos quisessem dar uma ajuda. Este desafio foi aceite pela Pilar e pelo David, pais da L.V., que não se ficaram pela simples ajuda, e realizaram um projeto que vieram comunicar à sala.  
Depois de uma comunicação espetacular, a Pilar, o David e a L. trouxeram mais uma surpresa e, levaram este projeto para uma atividade de expressão plástica: fazer pinguins em origami. 



Ter a família na sala connosco continua a ser uma prioridade para nós, acreditamos que a partilha de conhecimentos entre a família e a escola é uma mais valia para o desenvolvimento e bem estar das nossas crianças. Por isso, continuaremos a incentivar a participação da família, envolvendo-a na dinâmica da sala e motivando-a para um papel ativo no nosso dia a dia.
Os novos desafios que vão surgindo e que são enfrentados por todos, são facilmente ultrapassados se família e escola caminharem juntos!

Resta-me agradecer à Pilar e David por esta manhã tão divertida e repleta de conhecimentos. Obrigada pela ajuda e cooperação, obrigada por embarcarem nesta aventura connosco! 


terça-feira, 2 de outubro de 2018

O Lobo ingénuo

Na sequência das histórias que vamos lendo e trabalhando ao longo da semana, "Um Capuchinho Vermelho" é uma história que nos surpreende pelo seu desenrolar e por não ter um final tão concreto como outras histórias que temos vindo a ler. Por isso, perguntámos o que terá acontecido ao Lobo depois de ter comido o rebuçado que o Capuchinho Vermelho lhe deu.


Aqui fica a interpretação de cada um à imagem da última página do livro.